4º Congresso do Plástico 2021 – Palestras

4º Congresso do Plástico 2021 – Palestras

9 de junho de 2021 Off Por Simpepe

Presidente da ABIPLAST José Ricardo Roriz anuncia portal voltado à economia circular durante o 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Roriz afirmou o compromisso do setor do plástico com a economia circular durante palestra de abertura do 4CBP nesta terça-feira, 8 de junho

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) José Ricardo Roriz fez a abertura do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP) nesta terça-feira, 8 de junho. Em sua apresentação, Roriz afirmou o compromisso do setor com a nova economia do plástico e anunciou o pré-lançamento de um portal da indústria do plástico voltado para a economia circular.

“A ABIPLAST assina seu compromisso com a nova economia do plástico desde 2016”, destacou o presidente da Abiplast, detalhando os passos da economia circular: Educação e Consumo; Redesign, Reuso e Reciclagem; Logística Reversa e Novos Modelos de Negócios.

Roriz também anunciou o 4CBP como momento de pré-lançamento do primeiro portal do setor plástico voltado à economia circular, feitoparacircular.com.br, para disseminar ações de conscientização sobre o plástico, sua importância e soluções ambientais. O site, que ainda não está no ar, incluirá um manifesto da ABIPLAST, “A Hora da Economia Circular.”

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), que ocorre no formato online, conta com palestrantes renomados e aborda temas relevantes, como a economia circular dos plásticos, além da importância do material para a biossegurança no combate à Covid-19.

 

Fundação Ellen MacArthur apresenta sua visão sobre a economia circular dos plásticos no 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Thais Vojvodic, que integra o time global da iniciativa Nova Economia do Plástico da Fundação, falou sobre os avanços e desafios da economia circular, com dados recentes e globais sobre o tema.

A embalagem plástica traz muitos benefícios e a sociedade moderna precisa do material para uma quantidade enorme de aplicações, afirma Thais Vojvodic, que integra o time global da iniciativa Nova Economia do Plástico da Fundação Ellen MacArthur, em sua palestra no 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP). A Fundação trabalha com empresas no mundo todo, desde 2010, com a missão de mudar fundamentalmente a lógica linear para uma economia circular.

Segundo Thaís, essa missão vai muito além do plástico. “Ela passa pelo entendimento que a nossa economia hoje ainda é predominantemente linear, o que vem acontecendo ao longo de muitas décadas. É uma mudança sistêmica, e a base deste entendimento passa pela visão de que a exploração de recursos no modelo atual é de uma economia de desperdício. O desafio que temos é de transição não só da economia circular dos plásticos, mas da transição de como se utiliza e descarta o material”, declara.

“Existe uma necessidade muito grande de fazer mais e mais rápido pela circularidade dos plásticos”, continua Thaís. “Uma série de ações precisam ser feitas de forma coordenada para que haja uma economia circular completa. Ao ser questionada pelos congressistas, explanou que a tradução do texto original da Fundação Ellen MacArthur que refere uma condicional que “se não fizermos nada, haverá mais plásticos do que peixes”. Esclareceu que é uma previsão, ou seja, uma possibilidade e não uma afirmação. Também foi questionada pelos artefatos multimateriais, como o copo de papel que necessita de uma camada de plásticos para a sua função. Thais informou que ainda não há uma alternativa para este artefato, (uma vez que o processo de reciclagem para artefatos multimateriais são complexos).”

A Fundação Ellen MacArthur fomenta esta circularidade dos plásticos através de 11 pactos dos plásticos espelhados pelo mundo, que trabalham com a mesma visão da Fundação, porém adaptando ao seu contexto e realidades locais. “O que muitos não devem saber aqui, é que o pacto do Brasil está em fase de desenvolvimento e ficará pronto até o final do ano”, explica Thaís. Ela afirma que os pactos auxiliam na coleta de dados que mostram o progresso das empresas, com o auxílio de ações feitas de forma colaborativa com o poder público e associações do setor.

 

Embalagens flexíveis se apresentam como solução para redução, reuso e reciclagem de plásticos no mundo

Guido Aufdemkamp, representante da indústria europeia de embalagens flexíveis, e Moisés Weber, diretor da PlastiWeber, apontaram as possibilidades sustentáveis das embalagens plásticas flexíveis na Europa e no Brasil durante o 4º Congresso Brasileiro do Plástico

A média de reciclagem na União Europeia é de 40%, segundo dados de 2018. Já no Brasil, apenas 18% dos municípios possuem coleta seletiva adequada. Os dados foram trazidos respectivamente por Guido Aufdemkamp, representante da indústria europeia de embalagens flexíveis, e Moisés Weber, diretor da PlastiWeber, durante o 4º Congresso Brasileiro do Plástico, que ocorre nesta-terça, 8 de junho, até às 18h com palestrantes nacionais e internacionais.

“O plástico tem o potencial de continuar sendo uma grande solução, mas agora isso só vai ser possível com a economia circular”, destaca Weber, cuja Plastiweber Circular Plastics, de Feliz, no Rio Grande do Sul, produz embalagens flexíveis recicladas para aplicações de alto desempenho técnico. “Reciclagem é um dos principais processos para que a lógica da economia circular se concretize.” Para ele, quem vive o dia a dia do plástico percebe seu potencial na economia circular, apontando que o primeiro passo é um descarte adequado.

Para Aufdemkamp e a Flexible Packaging Europe, o ponto focal é a crise climática, cuja solução também passa pela redução na quantidade de materiais utilizados. A solução, segundo o representante da FPE, está nas embalagens flexíveis, que necessitam de uma quantidade menor de matéria-prima para produção e ocupam um espaço menor de armazenamento.

“Não podemos viver sem embalagens, não em nosso mundo moderno, mas queremos ter o menor impacto possível. Por isso, uma abordagem holística é imprescindível”, explica, destacando que leis da União Europeia decretam que tosas as embalagens devem ser reutilizáveis ou recicláveis até 2030. “A associação FPE compartilha essa visão de tornar a União Europeia uma economia mais circular.”

Para atingir esse objetivo, Aufdemkamp explica que um dos primeiros passos é melhorar o potencial de reciclagem das embalagens flexíveis, cuja produção e reciclagem já são menos poluentes do que materiais como vidro e alumínio, para que elas possam circular mais. O objetivo é que, até 2025, 80% das embalagens flexíveis na Europa sejam coletadas e recicladas. “Nós apoiamos um plano de economia circular e não apenas de reciclagem”, afirma.

 

Engenheiro químico explica o desenvolvimento de termoplástico com capacidade de inativar coronavírus de superfícies

Gerente de PD&I do Grupo FCC, Filipe Fagundes, falou sobre a inovação que a empresa trouxe ao mercado durante a pandemia em palestra do 4º Congresso Brasileiro do Plástico, realizado nesta terça-feira (08).

O uso do plástico tratado com aditivos voltados à biossegurança é uma tendência que veio para ficar e a indústria do plástico está atenta para oferecer soluções viáveis. Uma das palestras do 4º Congresso Brasileiro do Plástico, realizado nesta terça-feira (08), trouxe o case do Grupo FCC, que lançou o FCC Antivir, termoplástico com ação antiviral que tem atributos que inativam vírus envelopados, como o coronavírus, e pode ser utilizada em diversos tipos de substratos. Com eficácia de 99,8% contra a SARS-COV 2, a inovação já está disponível no mercado. Na palestra, o gestor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da FCC, Filipe Fagundes, explicou todo o processo de desenvolvimento da solução, que previne a propagação de vírus através das solas de sapato, entre outros produtos.

Conforme Filipe, a crise sanitária que surgiu em 2020 levou a um novo momento da sociedade como um todo e, consequentemente, um novo comportamento do consumidor, que passou a precisar pensar e planejar cada saída de casa, que superfícies poderá tocar e como se manter seguro diante dos riscos de contaminação. Todo esse contexto deu lugar à tendência Mega tendência Safety Obsessed, que demandou inovações em tempo recorde da indústria, a fim de contribuir para a segurança dos consumidores.

“Tivemos que agir em um tempo curto, mas aquela visão de que há um pesquisador trancado em uma sala e chega sozinho a um momento ‘eureka’, não existe. Tínhamos um grande quebra-cabeças para montar, levando em conta inúmeros fatores, até chegar a um conceito inovador. Nosso desafio foi pensar em soluções para facilitar a jornada, trazendo segurança a esse processo”, explicou o engenheiro químico.

Segundo ele, o grande desafio foi promover a solução sem precisar mexer tanto na cadeia produtiva, a fim de conseguir entregar a inovação em tempo hábil, sem demandar estruturação de novos processos. “A saída que encontramos foi utilizar a nanotecnologia, trabalhando na composição do polímero e atingimos um resultado que não é prejudicial ao meio ambiente, fator que era uma preocupação da empresa”, contou.

Conforme o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, é a tecnologia a serviço da sociedade contra o coronavírus. “O auxílio do plástico no combate desta doença que assolou o mundo no último ano é um assunto muito rico e oportuno. Queremos mostrar para o cidadão os benefícios desta matéria-prima tão versátil e as formas com as quais a indústria do plástico pode contribuir para um ambiente mais seguro e na melhora da qualidade de vida”, ressalta.

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Promovido de maneira bianual, é realizado pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. Além do aplicativo (Android e iOS) e site (cbplastico.com.br), onde é possível localizar todas as informações sobre o 4CBP, também é possível acompanhar o Congresso Brasileiro do Plástico por redes sociais, como YouTube, Instagram e Facebook, Linkedin e Twitter.

O palestrante

Filipe Fagundes atua como gestor de pesquisa, desenvolvimento e inovação na FCC. Tem experiência de mais de 10 anos na indústria. É Químico Industrial pela PUCRS e mestre e engenharia de produção pela UFRGS.

 

Gustavo Alvarez fala sobre a solução dos plásticos na sociedade no 4º Congresso Brasileiro do Plástico

CEO da América Tampas e Líder da Rede de Cooperação para o Plástico cita o trabalho de forma colaborativa como solução para o fomento da economia circular em palestra.

A economia circular dos plásticos é o tema central do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), que acontece hoje, até às 18h, a nível nacional e internacional. Gustavo Alvarez, CEO da América Tampas e Líder da Rede de Cooperação para o Plástico foi um dos palestrantes convidados para discorrer sobre o assunto e também trouxe soluções para o plástico na sociedade, trazendo como exemplo ações desenvolvidas pela sua empresa e pela Rede.

 

“A economia circular não é uma ação da indústria é uma ação em conjunto”, afirmou. Ele cita o conceito de programas como o Tampinha Legal, do Instituto SustenPlást, que trazem a participação da comunidade na economia circular através de ações efetivas que geram valor para entidades assistenciais. Segundo Gustavo, é preciso que todos possam participar de forma colaborativa. “Temos que trabalhar em equipe, fazer com que todos estejam em conjunto com o mesmo propósito, com uma comunicação sem barreiras para construir uma evolução permanente e levantar soluções melhores para o plástico”.

Este é um dos trabalhos desenvolvidos pela Rede de Cooperação para o Plástico, que atua com o Guia de Design com recomendações para a circularidade e a reciclagem de embalagens plásticas rígidas e o  Índice de Reciclabilidade. “São soluções que fomentam um caminho de embalagens com maior reciclabilidade no futuro. Queremos fomentar a economia circular através do engajamento da indústria do plástico sendo um canal de comunicação com a sociedade”, afirma o convidado.

De acordo com Gustavo, a Rede é a favor do mercado, do meio ambiente e da sociedade. Por isso, através dos projetos oferecidos pela iniciativa, ele reitera que “o objetivo é que todas as empresas possam trabalhar com embalagens mais circulares e fomentar a própria cadeia produtiva para que procurem soluções de reciclagem mais adequadas para suas necessidades”.

 

Diretora de Economia Circular da Braskem fala sobre iniciativas de estímulo à economia circular dos plásticos

Fabiana Quiroga foi uma das palestrantes do 4º Congresso Brasileiro do Plástico, realizado nesta terça (08) e destacou projetos e parcerias da empresa, referência do segmento no país, para o fomento de ações de sustentabilidade.

 

Entre as palestras do 4º Congresso Brasileiro do Plástico, a diretora de Economia Circular da América do Sul da Braskem, Fabiana Quiroga, apresentou iniciativas da empresa para o fomento de ações de sustentabilidade, a partir da Economia Circular. O assunto foi uma dos mais aguardados do evento bianual, que ocorreu de forma online e reuniu especialistas no segmento do Brasil e do exterior.

Fabiana apresentou as ações e procedimentos que a Braskem vem desenvolvendo, no sentido de estimular toda a cadeia envolvida na produção e consumo de plásticos, a repensar sua aplicação, desde o desenvolvimento de produtos até seu descarte e reciclagem. “Entendemos que o consumidor faz parte disso, tanto no consumo consciente como no descarte correto.

Apoiamos iniciativas como o Edukatu, que trabalha junto a escolas municipais, a fim de promover educação ambiental de crianças e adolescentes, bem como no suporte a ações com catadores”, frisou.

A diretora de Economia Circular explicou a metodologia proprietária que a empresa desenvolveu, a fim de auxiliar na tomada de decisão dos clientes da Braskem, ajudando as empresas a alcançar seus compromissos de sustentabilidade para 2025 e 2030. Ela citou ações como a do papel higiênico Neve, por exemplo: “o rolo do papel é um dos componentes mais difíceis de encaixar na cadeia de reciclagem e foi desenvolvida uma solução para eliminar o rolo, algo que parece simples, mas inovador e com grande impacto”.

Ela destacou também cases de sucesso, que inclusive renderam prêmios à empresa, como a parceria com Heineken e Natura, para transformação de copos plásticos usados em grandes eventos em rolhas de desodorante corporal, a partir de resina reciclada.

Reciclagem química

Fabiana falou também sobre a reciclagem química, que é complementar à mecânica, mais comum no Brasil. “Estamos focados no desenvolvimento desta tecnologia, apoiando o avanço de pesquisas e testes. Do ponto de vista de aplicação mostra-se muito eficiente, pois no final do processo temos uma resina virgem novamente, que pode ser aplicada em todos os segmentos, sem restrição”, afirmou. Ela comentou que a Braskem desenvolveu parcerias com um instituto holandês e o SENAI, a fim de buscar viabilidade econômica para esse formato de reciclagem.

Criar soluções sustentáveis da química e do plástico é um dos objetivos da Braskem e de inúmeras empresas do ramo petroquímico. Para o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, a palestra trouxe informações importantes sobre o segmento. “É primordial que todos entendam a importância das ações individuais e coletivas para que a Economia Circular seja uma realidade cada vez mais presente na sociedade”, pontuou.

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Promovido de maneira bianual, é realizado pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. Além do aplicativo (Android e iOS) e site (cbplastico.com.br), onde é possível localizar todas as informações sobre o 4CBP, também é possível acompanhar o Congresso Brasileiro do Plástico por redes sociais, como YouTube, Instagram e Facebook, Linkedin e Twitter.

A palestrante

Fabiana Quiroga é executiva com mais de 18 anos de experiência na Indústria Petroquímica, assumiu a diretoria dos Negócios de Economia Circular na Braskem S.A. em outubro de 2017, com o objetivo de liderar a estratégia global de Economia Circular, com foco no desenvolvimento da cadeia de reciclagem, para produção de resinas recicladas de PE e PP com qualidade e rastreabilidade na América do Sul, ampliando o nosso portfólio de soluções sustentáveis e inovadoras, o mercado e  novas aplicações para valorização dos reciclados.

É presidente do Conselho Diretivo da Plastivida, organização sem fins lucrativos que objetiva coordenar ações junto aos diversos elos da cadeia do plástico, para valorização da imagem, conscientização do uso e descarte adequado dos resíduos plásticos.

 

4º Congresso Brasileiro do Plástico teve momento de debate sobre a economia circular

Com a mediação do presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, os palestrantes Thais Vojvodic, Gustavo Alvarez, Guido Aufdemkamp e Fabiana Quiroga falaram sobre soluções circulares e sustentáveis para o plástico.

Com o objetivo de construir um diálogo para o futuro, o 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP) promoveu um debate para a troca de ideias e compartilhamento de opiniões sobre a economia circular do material. Com a mediação do presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, os palestrantes Gustavo Alvarez, CEO da América Tampas e Líder da Rede de Cooperação para o Plástico, Thais Vojvodic, da Fundação Ellen MacArthur, Guido Aufdemkamp, Diretor Executivo da Flexible Packaging – FPE, e Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem para a América do Sul, falaram sobre soluções circulares e sustentáveis, ações conjuntas com a sociedade, educação e mobilização sobre a reciclagem do plástico.

De acordo com Gustavo Alvarez, a sociedade precisa de um propósito para mobilizar-se, além de uma educação maior sobre a reciclagem do plástico. Guido Aufdemkamp concorda. Para ele, a educação é crucial e um aspecto cultural importante para que haja uma mudança mais duradoura. Fabiana Quiroga levantou a questão da conveniência do consumidor. Para ela, é muito mais difícil implantar uma cultura sustentável quando a mudança exige mais do consumidor.

Alfredo Schmitt, mencionou a campanha “Sujismundo”, que ocorria no país nos anos 70, e que muito elevou as ações de cidadania e civilidade. Fabiana Quiroga expressou que precisa esforços conjuntos e efetivos nestas campanhas de conscientização, pois como o plástico é importante e quão nocivo ele pode ser, precisa ser esclarecido para a sociedade. “Se questionar sobre o que está fazendo no dia a dia para a economia circular é difícil. É muito mais fácil não fazer nada do que tomar uma atitude”, opinou Gustavo Alvarez.

A exemplo trazido por Alfredo Schmitt sobre o uso dos canudos de reutilizáveis, foi debatida a questão da informação errônea sobre o plástico que chega até a sociedade e acaba gerando uma dificuldade muito maior para que as coisas aconteçam. Guido sustenta este pensamento falando que somos facilmente conduzidos de forma errada sobre sustentabilidade. “É como no exemplo dos canudos. As pessoas dizem que não estão mais usando canudos de plástico e por isso são sustentáveis, é uma forma fácil delas se livrarem desta culpa. Mas na verdade, deixar de usar canudos por um ano é o equivalente a usar o carro por 15 km, então tudo deve ser colocado em perspectiva”, afirmou.

 

Sobre a economia circular nas empresas,  Thais Vojvodic, falou sobre a grande oportunidade de aproximação e colaboração interna nas organizações para que a economia circular passe por todas as áreas, desde inovação, marketing e produção do produto. Segundo ela, a Fundação Ellen MacArthur não restringe nenhum tipo de embalagem flexível, mas tem um índice de reciclabilidade para entender percentuais nos países em que a Fundação trabalha. No Brasil, este índice foi criado pela Rede de Cooperação para o Plástico, comandada por Gustavo Alvarez. Entre os palestrantes do debate, a educação ambiental do consumidor foi um ponto muito relevante levantado para estruturar a cadeia do plástico de forma efetiva.

 

Doutor em nanociência apresentou  a importância dos plásticos rígido durante o 4º Congresso Brasileiro do Plástico

O Dr. Julio Harada apresentou elementos e estudos que comprovam a importância dos plásticos rígidos no cotidiano dos brasileiros.

Do cafezinho do almoço aos motores dos caminhões, o plástico está presente no dia a dia de todos os brasileiros, o Doutor em Nanociência e Materiais Avançados, Julio Harada, explicou como os diferentes tipos de polímeros são aplicados e utilizados nos materiais. A palestra foi parte da programação do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), que acontece hoje, até às 18h, a nível nacional e internacional.

“O plástico é um material altamente reciclável, nem todos materiais são tão recicláveis assim. O desafio para as novas gerações é aplicar as energias renováveis na geração de novas formas de plástico. Afinal, o plástico é um material que acompanhará a vida de todos e está presente em quase todas etapas do nosso dia”, explicou o Prof. Dr. Julio Harada.

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Promovido de maneira bianual, é realizado pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. Além do aplicativo (Android e iOS) e site (cbplastico.com.br), onde é possível localizar todas as informações sobre o 4CBP, também é possível acompanhar o Congresso Brasileiro do Plástico por redes sociais, como YouTube, Instagram e Facebook, Linkedin e Twitter.

O palestrante

Doutor em Nanociências e Materiais Avançados, pós-graduado em Administração Industrial pela USP, Plásticos no Japão pela OMTRI e Comércio Exterior pela UNIP. Foi professor da Escola Técnica do Plástico Frederico Jacob (SENAI), professor da Escola Técnica Lauro Gomes, Gerente de Produção da DIXIE S. A., Gerente de Serviços Técnicos da Monsanto S. A., Gerente de Serviços Técnicos da Cia Brasileira de Estireno, Gerente Especialista da BASF S A.

É autor dos livros Moldagem por Injeção, Projetos e Princípios Básicos, Moldes para Injeção de Termoplásticos, Projetos e Princípios Básicos, Plásticos de Engenharia, Tecnologia e Aplicações, Produtividade com Qualidade em Peças Plásticas Injetadas. Atualmente ministra Cursos e Serviços de consultoria na área de Matérias Primas e Transformação de Plásticos, na USP, na SPE (Society Plastics Engineers) Seção Brasil, na ABPOL – Associação Brasileira de Polímeros, na Faculdade Oswaldo Cruz e em várias empresas. Ainda é diretor e sócio da ABPOL e diretor e sócio da SPE.

 

 

No Dia Mundial dos Oceanos, professor do Instituto Oceanográfico da USP fala sobre plástico nos mares no 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Alexander Turra apresentou programas e ações que têm sido desenvolvidos no Brasil e ao redor do mundo, em esforços para conscientização, monitoramento e redução de impacto. Evento online ocorreu nesta terça-feira (08) e reuniu especialistas em diferentes áreas ligadas à indústria do plástico.

A temática do lixo nos mares tem avançado e exigido discussões mais amplas. Não por acaso, a data escolhida para a realização do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), foi 08 de junho, Dia Mundial dos Oceanos. Um dos convidados do evento, o professor do Instituto Oceanográfico da USP, Alexander Turra, falou sobre as problemáticas envolvendo o plástico nos mares, destacando esforços para conscientização, monitoramento e redução de impactos, a partir de projetos e pesquisas.

Ele iniciou a palestra falando sobre a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável entre os anos 2021 e 2030, a fim de construir uma abordagem integrada e garantir que a ciência oceânica apoie plenamente os países na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. “A partir dessas diretrizes, temos a oportunidade de buscar protagonismo e buscar soluções viáveis e efetivas, buscando entender o que está acontecendo com os oceanos, dentre as quais o lixo é uma grande problemática”, destacou.

Turra citou o projeto da Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA), que gerou uma plataforma interativa de iniciativas, com orientações práticas que estimulam ações de avaliação e monitoramento do lixo no mar. “O Brasil é o país que mais obteve registros nessa plataforma, resultado de uma grande mobilização”, comentou.

Dentre as iniciativas viáveis, estão três abordagens para os objetivos e escopo de um novo acordo global: redução do lixo plástico nos mares, manejo sustentável de resíduos e consumo/produção sustentáveis ao longo do ciclo de vida dos plásticos. Turra explicou que esse acordo prevê diferentes formatos de adesão: vinculante, voluntário e obrigações híbridas, com princípios como transparência, utilização de padrão internacional e não criação de obstáculos desnecessários ao comércio. “Esse acordo precisa ser pactuado entre os países e tudo indica que teremos um acordo vinculante, em  um processo inclusivo e não discriminatório”, pontuou o professor.

Entre as iniciativas que Turra trouxe como exemplos de sucesso, está o Programa Entenda o Lixo, voltado a ações educativas, que busca fortalecer o entendimento, para que seja tratada de forma aprofundada, para que possamos implementar as mudanças necessárias. Ele citou também a Bluekeepers, iniciativa com suporte da Braskem e outras empresas para suporte aos municípios e governos, na busca por soluções integradas envolvendo o lixo nos mares. A Plataforma Global do Lixo no Mar, da qual Turra é membro, também foi usada como exemplo de esforço dentro desta temática. “A Conferência dos Oceanos, em 2017, trouxe muitos caminhos para a promoção da mudança tão necessária e desejada, como a integração entre ciência e sociedade, por meio de políticas públicas, com ações a partir de um processo de diálogo e aprendizagem, que vem acontecendo em diferentes esferas”, finalizou.

Para o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, “o CBP é referência para a mídia, poder público e sociedade em geral buscarem informações corretas e científicas. Os conteúdos apresentados são criteriosamente escolhidos, a fim de elucidar assuntos importantes, bem como mostrar tantas iniciativas existentes em prol da economia circular dos plásticos”.

O palestrante

Alexander é Biólogo formado pela UNICAMP, onde também fez mestrado e doutorado em Ecologia. Professor titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) e coordenador da Cátedra UNESCO para Sustentabilidade dos Oceanos (IEA/IOUSP). Estuda o ambiente marinho por vários ângulos, buscando navegar nos caminhos da pesquisa interdisciplinar e da integração da ciência com a sociedade.

 

“Existe uma embalagem para cada um” afirma Ronald Sasine durante palestra no o  4º Congresso Brasileiro do Plástico

Fundador e Consultor Principal da Hudson Windsor Assessoria Empresarial Limitada analisou a influência de varejistas, consumidores e governos no mercado de embalagens dos Estados Unidos

Para o Fundador e Consultor Principal da Hudson Windsor Assessoria Empresarial Limitada, Ronald Sasine, o futuro das embalagens plásticas nos Estados Unidos e no mundo depende da influência de cinco grupos: varejistas, organizações não-governamentais, consumidores, governos e empresas de embalagem (CPGs). No caso das companhias do ramo, o compromisso com o meio ambiente, além de uma crença pessoal dos executivos, também passa por uma preocupação com a relevância no mercado e com a lucratividade futura, Sasine explicou durante sua palestra no 4º Congresso Brasileiro do Plástico, na terça-feira, 8 de junho.

“O plastico é um material tão maravilhoso que, se não existisse, teria que ser inventado”, destacou o especialista. “Sem uma relevância no mercado atual, sem a participação do produtor nos desejos e objetivos do consumidor, a lucratividade futura acaba ficando em jogo. Realmente, as empresas precisam ter uma atuação ambiental hoje que contribuam com o objetivo de seus consumidores”, complementa Sasine.

Encontrar uma solução única para o futuro das embalagens nos Estados Unidos é um desafio, segundo Sasine, devido às legislações ambientais, que variam no âmbito estadual e até mesmo local. No entanto, ele explica que é possível apontar algumas tendências, como embalagens de menor gramatura e espessura, uso de resinas, produtos concentrados e substituição de materiais. “Não é claro o que o consumidor não quer, mas já sabemos o que o consumidor quer”, avaliou Sasine.

“Existe uma embalagem para cada um”, o norte-americano declarou, trazendo exemplos de diferentes embalagens de feijão, do cru ao pré-pronto, feitas de materiais distintos e com tamanhos variados. O objetivo, segundo ele, não é eliminar as opções, mas oferecer as melhores escolhas para cada consumidor.

 

Especialista em polímeros fala sobre história do material no 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Manoel Lisboa abordou o desenvolvimento dos novos materiais e o impacto ao longo da evolução da sociedade.

“O plástico é inerte, leve, resistente, disponível, barato e reutilizável”, explicou Manoel Lisboa, especialista em polímeros inovação e novos negócios, no 4º Congresso Brasileiro do Plástico. Em sua palestra, Manoel trouxe a história e desenvolvimento dos materiais utilizados pela sociedade desde a pré-história, bem como o impacto na evolução do mundo como conhecemos hoje, na idade contemporânea. Ele explica que com o tempo e a evolução da sociedade, houve uma melhoria de qualidade de vida muito grande para as pessoas, o que fez a população crescer significantemente no mundo, por isso, a economia circular é tão importante.

Segundo Manoel, hoje o plástico serve para duas coisas muito significativas para a sociedade: transporte e proteção. É utilizado em diversos setores como o saneamento, setor médico, infraestrutura, agricultura, higiene e limpeza. “O desafio que temos hoje é educar as pessoas para descartar corretamente o plástico, e informar que ele será fonte de matéria-prima para outros artefatos, aderindo à economia circular. As informações corretas devem ser levadas de forma estruturada para a sociedade. O plástico preserva a vida e o planeta. O que destrói é o descarte incorreto do material”, ressalta.

Manoel Lisboa

É empresário no setor de tecnologia, formado em engenharia de materiais pela Universidade Federal de São Carlos, MBA em Marketing pela FEA-USP, MBA em Gestão Empresarial pela UNESC-SC, mestrado pela Universidade de Waterloo – Canadá e doutorando pela politécnica USP. Possui ampla experiência na cadeia de produção e aplicação de polímeros, Inovação e Novos Negócios e fundador da PlasticXperience.

 

 

Aplicações do plástico é tema de painel durante 4º Congresso Brasileiro do Plástico

A importância, aplicação e futuro do uso do plástico foram abordados no Painel Visões e Versões.

O Painel Visões e Versões, uma das atrações do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), que acontece hoje até às 18h, contou com a participação dos professores Marco Aurélio de Paoli, Leonardo Simon e José Vitor Bomtempo. Entre os temas abordados estiveram o uso do plástico durante a pandemia, para o Professor José Vitor Bomtempo o plástico é de suma importância durante esse período “Estamos há um ano e meio presos em casa e lidamos com o plástico como forma de combate ao vírus, com as máscaras, tubos de álcool gel e até mesmo na ampola da seringa. O plástico é fundamental durante a pandemia”, afirmou.

Durante o painel foi consenso entre os professores que os principais problemas e desafios do setor no país passam pela necessidade de educação a respeito do assunto. “A sacolinha de plástico não vai até o mar sozinha. Não existe o problema da sacola de plástico no Japão, por exemplo. A solução de economia circular precisa ser analisada geograficamente e aplicada como método de educação. A sacola plástica é um problema de educação, não de material. Um exemplo deste método é o programa Tampinha Legal, de reutilização das tampinhas plásticas”, explicou o Prof. Leonardo Simon.

“Nós temos que criar uma mentalidade de reciclagem, o plástico é altamente reciclável. Não adianta termos uma tecnologia sofisticada, empresas qualificadas se não temos a cultura do descarte no lugar correto. A matéria prima temos, falta o público e a educação. Se quisermos investir em economia circular temos que investir em educação”, complementou o Prof. Dr. Marco Aurélio de Paoli que também afirmou que o futuro do plástico são as biorrefinarias. “Uma das possíveis soluções para a continuidade do mundo é o investimento nas biorrefinarias que irão produzir a matéria prima para a produção de plásticos cada vez mais eficientes para a economia circular e biodegradáveis”, finalizou.

A economia circular também foi um assunto amplamente discutido. Para os palestrantes, a pandemia serviu para evidenciar a necessidade de investimento neste quesito. O prof. José Vitor Bomtempo citou o exemplo das empresas que passaram a reciclar as embalagens de comida utilizadas nas entregas. Ao final, foi consenso entre os participantes a importância da economia circular para o futuro do plástico.

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Promovido de maneira bianual, é realizado pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. Além do aplicativo (Android e iOS) e site (cbplastico.com.br), onde é possível localizar todas as informações sobre o 4CBP, também é possível acompanhar o Congresso Brasileiro do Plástico por redes sociais, como YouTube, Instagram e Facebook, Linkedin e Twitter.

 

 

Em sua quarta edição, Congresso Brasileiro do Plástico tem crescimento de 460% na audiência

Gerson Haas, presidente do Sinplast/RS e diretor do Instituto SustenPlást, comemorou a conquista durante palestra no 4CBP, quando destacou também a importância do programa Tampinha Legal na economia circular

Gerson Haas, presidente do Sinplast/RS e diretor do Instituto SustenPlást, iniciou sua palestra no 4º Congresso Brasileiro do Plástico com uma notícia positiva: um crescimento de 460% na audiência de 2018 para 2021. Neste ano, o CBP conta com mais de 2300 inscritos, quase cinco vezes o número da última edição, que recebeu 500 participantes.

Para Haas, o Congresso Brasileiro do Plástico é um meio de destacar “o que a indústria está fazendo em favor da economia circular, em favor da reciclagem, em favor do plástico” e um exemplo de sucesso desse caminho para o futuro é o programa Tampinha Legal, do Instituto SustenPlást.

“O Tampinha Legal é uma forma de apresentar à sociedade o quanto o plástico está inserido na vida moderna e como podemos nos relacionar melhor com este material”, ele destacou, relembrando as origens do programa, que foi lançado em outubro de 2016 durante o 2CBP e tem caráter educativo, além de apoiar entidades assistenciais

O Tampinha Legal, segundo Haas, também é um exemplo de economia circular na prática pois todos coletam as tampinhas plásticas, as entidades assistenciais ajudam na segregação de cores para valorizar o material, que é então enviado para os recicladores, que entregam o valor das tampinhas plásticas diretamente para as entidades. Por fim, a indústria recebe as tampinhas como matéria prima transformando-se em novos artefatos plásticos. “Isso é economia circular na prática”, avalia.

Desde 2016, o programa coletou 350 milhões de unidades de tampas plásticas, levantando um valor superior a R$ 1.230.00,00 e impactando 311 entidades associadas.

Além do Tampinha Legal, Haas também citou o programa Copinho Legal do Instituto SustenPlást ao apontar a importância cada vez maior dos objetos descartáveis para a higiene e saúde, como foi demonstrado durante a pandemia da Covid-19.

“Não existe jogar fora, existe sim descartar corretamente para que esse material entre para reciclagem e um novo produto seja produzido”, concluiu.

 

 

O protagonismo do plástico na economia circular foi tema de palestras no 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Marcos Iorio defendeu a construção de dados para não gerar narrativas tendenciosas sobre o material, enquanto Nuno Aguiar trouxe as medidas adotadas por Portugal para incentivar um mercado mais circular.

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP) trouxe a experiência de diversos países para munir os participantes sobre a importância da economia circular dos plásticos. O assunto foi tema da palestra de Marcos Iorio, Consultor Eco-Circular Projetos Regenerativos, que defendeu principalmente a construção de dados para não gerar narrativas tendenciosas sobre o plástico, e na palestra de Nuno Aguiar, que trouxe as medidas adotadas por Portugal e pela União Europeia para incentivar um mercado mais circular.

Para Marcos Iorio, os dados são ouro. E para exemplificar sua tese, durante o 4CBP, nas mídias sociais e no site do CBP foi feita uma pergunta sobre a utilização de canudos (produzidos com materiais diversos como plástico, juta, aço, papel, bambu e vidro) e quais deles o público escolheria.  45% dos participantes respondeu plástico, seguidos por 21% aço, 14% papel, 13% bambu e 2% cada para a juta e o vidro. Segundo Marcos, “geralmente as pessoas escolhem o bambu, pois têm essa ideia que ele remete ao sustentável. Contudo, o canudo de plástico é o que produz o menor impacto ambiental de acordo com a Análise de Ciclo de Vida (ACV). Ainda, para os laváveis como o aço, vidro e bambu, deve-se considerar a carga ambiental utilizada pela água e o detergente”.

Marcos defende que as métricas de eficiência têm poder de comprovar o protagonismo do plástico na economia circular para as pessoas. “O plástico vai continuar sendo uma ferramenta incrível no futuro, em termos de reuso ele é o candidato número 1 para projetos. Que o setor dê as mãos e continue trabalhando para não parar de produzir inovação”, ponderou.

Experiência portuguesa

Segundo Nuno Aguiar, em Portugal o objetivo é criar iniciativas e projetos inovadores que gerem produtos sustentáveis, de mais valor, com menos resíduos e com grande circulação. Todas as diretrizes são feitas através de inovação e investigação do setor, gerando projetos como o Passaporte Digital do Produto, que ajudará na rastreabilidade ao longo do ciclo de vida do produto, desde sua fabricação até o consumidor.

Portugal adotou as mesmas linhas da União Europeia através de áreas chaves: produção, consumo, gestão de resíduos, matérias-primas secundárias, inovação e investimentos. “Queremos incentivar um mercado circular e educar para que exista uma economia circular. O consumidor também tem que ser responsável por um consumo sustentável e integrado entre todos os setores”, afirmou.

O 4º Congresso Brasileiro do Plástico

Promovido de maneira bianual, é realizado pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. Além do aplicativo (Android e iOS) e site (cbplastico.com.br), onde é possível localizar todas as informações sobre o 4CBP, também é possível acompanhar o Congresso Brasileiro do Plástico por redes sociais, como YouTube, Instagram e Facebook, LinkedIn e Twitter.

 

 

“A indústria brasileira de plásticos precisa se unir para valorizar o produto”, afirma presidente do Instituto SustenPlást

No debate final do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (CBP), realizado nesta terça (08), com mediação de Alfredo Schimitt, especialistas e empresários do setor chegaram ao consenso de que há muitos desafios serem superados, mas a cadeia produtiva do material precisa trabalhar unida para conscientizar a sociedade dos efeitos positivos da matéria-prima.

Ao longo do dia, o 4CBP reuniu palestrantes nacionais e do exterior para discutir sobre temas relacionados à indústria do plástico e outras temáticas envolvendo o material. Alfredo, que é presidente do Instituto SustenPlást, que promove o CBP, reforçou o motivo a escolha da data para o evento:  o Dia Mundial dos Oceanos, na Semana do Meio Ambiente.

No chat ao vivo, o Alexander Turra, Professor Titular Instituto Oceanográfico da USP, o Marcos Iorio, Consultor Eco-Circular Projetos Regenerativos, o Nuno Aguiar, Diretor Técnico da APIP, o Albano Schimidt, CEO da Termotécnica, Manoel Lisboa, especialista em polímeros, Inovação e Novos Negócios, e Ronald Sasine, Consultor Principal da Hudson Windsor Assessoria Empresarial Limitada,  falaram sobre variados temas, com destaque para os entraves ao avanço da Economia Circular no Brasil e a necessidade de valorização do plástico, pela própria indústria e pela sociedade.

Alfredo levantou o tema da carga tributária do Brasil, que limita em diferentes aspectos. Neste sentido, Sasine trouxe o exemplo dos Estados Unidos, onde existem as zonas de reciclagem, em que os impostos derivados da compra de maquinário, aquisição de terrenos e tudo o que se relaciona com a reciclagem recebe isenção de impostos durante um período. “Já é um grande incentivo ao avanço da reciclagem”, reforçou.

Sasine seguiu, falando sobre a percepção da sociedade sobre o plástico: “as pessoas preferem ver o plástico no fim de sua vida útil, como um problema, mas não valorizam os aspectos positivos que o envolvem.

Albano complementou: “quanto mais qualificadas as empresas brasileiras estiveram para atender a demanda local, mais competitivas serão no cenário internacional, mas temos um trabalho grande a fazer com relação aos nossos produtos, no sentido da valorização. É preciso fortalecer a indústria de transformação de plástico no Brasil, para competir com os gigantes mundiais”.

Já Marcos complementou, destacando a inovação como motor da geração de valor. “Temos que encarar que é um problema complexo. O Brasil ainda carece de iniciativas inovadoras, está defasado na geração e execução de ideias. Não falando só de embalagens, mas de processos e logística, temos que pensar no que queremos gerar de impacto positivo. Para o setor de plástico, o material é incrível, mas precisamos mostrar o real valor do material à sociedade”, frisou.

Por fim, Turra destacou iniciativas como a Bluekeepers, que incentiva ecossistemas de inovação em nível municipal, a partir de parcerias entre iniciativa privada, setor público e sociedade civil organizada. “O objetivo é ajudar que os processos sejam feitos de forma madura participativa diante da complexidade das situações de cada local e tem sido muito bem sucedida”, avaliou.